Se tem uma coisa que filho pequeno adora é dormir na cama dos pais. Eles vão chegando, se enroscando, fazendo do nosso amor o melhor cobertor que existe.
A psicologia recomenda que cada um vá dormir na sua cama. A fisiologia da nossa coluna vertebral recomenda o mesmo. Mas os moles dos pais e mães muitas vezes não resistem à tentação de aconchegar os filhos e adormecer com eles, zelando o seu sono e desfazendo qualquer medo de escuro.
Tá bom, tá bom. Cada um tem a sua cama, e tem que aprender isso desde cedo. Mas uma tentaçãozinha de vez em quando não faz mal nenhum. Ainda mais porque eles crescem rápido demais, e um dia não vão caber mesmo na sua cama. E pra falar a verdade, não tem nada melhor que ouvir a respiração deles à noite e ficar vendo-os dormir, tenra expressão de anjo adormecido.
Dia desses o Dé estava viajando e quase deu briga lá em casa. O Léo queria dormir comigo. A Bella também. Para evitar maiores desgastes e resolver a coisa numa boa, disse pra eles tirarem par ou ímpar. Tive que ensinar pra pequena como é que se faz isso, que tem que esconder a mão pra trás, colocar quantos dedinhos quiser, etc.
Na hora h, os dois já posicionados, perguntei a ela:
– Bella, você quer par ou ímpar?
E ela, com a voz mais dengosa do mundo:
– Eu quero ganhar!…
PC diz
Pensando o que?
Que eu sou boba?
Sai fora, Léo.
Em tempo: eu sou o maior banana, quando Tomás quer dormir na minha cama. Me chuta a noite inteira.
A-DO-RO!!!
Renata Feldman diz
Chute de neto não dói, PC!…
Abração!