A extinta discussão sobre sexo antes do casamento tem acendido uma outra discussão, não tão caliente, sobre o sexo depois do casamento.
Mas antes de chegar lá, vamos namorar um pouquinho o tema. Basta olhar para os casais de namorados e ver que o assunto corre nas veias. Eles se aprontam, se perfumam, se encontram e se reinventam para fazer jus ao que são. Misturam pitadas de paixão, amor, afeto, prazer. Chantily, lua cheia, elevador, pousadinha nas montanhas, bombom de licor. Muito prazer.
Passemos ao matrimônio. Cama, mesa e banho. Intimidade vivida e compartilhada todos os dias. Café da manhã, almoço e janta. Contas a pagar. Crianças chorando. Bolo da empregada na segunda de manhã. Escovas de dente habitando o mesmo espaço. Cabides se misturando no armário. E aí vem os beijos de selinho, as pizzas de domingo, o churrasco no terraço. Vem o cafuné na hora da novela, a disputa do controle-remoto, os jogos de futebol. E aí, quando as crianças vão dormir, vem o convite pro amor. Pra confirmar tudo o que existe, todos os eu te amos que levaram a este caminho, toda a beleza de um vínculo construído a cada dia.
Sim, a paisagem muda sim. Da água pro vinho. E é nessas horas que a gente pega o vinho e bebe. Brinda. Derrama. Enebria o amor. Convida o Deus Baco pra festa. É nessas horas que a gente rompe com o estereótipo de que o casamento vira rotina e que a rotina acaba com o sexo.
A questão talvez esteja justamente na diferença entre os sexos. Na forma como a mulher e o homem vivem esse convite pro amor. (Viva as diferenças, já ouviu essa frase antes?)
Mas isso é assunto para o próximo post.
Patricia Pinho diz
Uhuuuuuu!!! Que lindo, Rê, adorei… Faz a gente pensar e ter mais vontade de cuidar, né?
Parabéns, muitos beijos e saudades,
Tiça
Renata Feldman diz
Tiça querida, que alegria te ver por aqui, estou com saudade! Lembrar nunca é demais: o amor pede cuidado, cultivo, encontro! Beijos carinhosos,
Tatiana Cunha diz
E assim é ser humano: criticar o que está por vir; lamentar, com saudosismo, o que passou. Por mais que os tempos mudem, por mais que façamos caretas para alguns costumes, testemunhamos que envelhecemos como nossos pais. E, mais irônico, nos certificamos de que fizemos todo o esforço possível para isso.
Que venham as pizzas de domingo e toda aquela vida que um dia tanto fiz pouco.
Um grande beijo. Saudades das aulas.
=)
Renata Feldman diz
Qual filho não paga a a língua, Tatiana?! Saudade dos meus alunos queridos também! Bjs
suellen nara diz
Essa semana ouvi, não sei onde, que o amor nasce da convivência, mas as pessoas insistem em acreditar no contrário: o amor morre na convivência(o que é o meu caso). Mas tudo é tão relativo que fica dificil saber onde está o problema. Depende, depende…
Renata Feldman diz
E aí tem que viver o luto, chorar a perda, sentir a a dor, Suellen… È uma pena, mas é verdade: o amor também morre na convivência… Abraço carinhoso!
PC diz
Até hoje, passados 35 anos que ela se desvelou pra mim, eu fico nervoso, vendo ela tomar banho…
Renata Feldman diz
Ah, PC, estava mesmo esperando o seu comentário!… Sabia que ia sair coisa boa daí! Abração e parabéns pelos 35!