Quebro meu jejum de quase trinta dias
ao fim do Yom Kipur.
Jejum de palavras, rimas, versos, vírgulas.
Quase morro de inanição.
Sinagoga cheia (nunca vi tão cheia) no Dia do Perdão.
Cheia de raízes, netos, filhos.
Cheia de Deus, de mim, começo e sim.
Lindeza de gente reunida pelo perdão.
Pelas perdas que vieram antes dele.
Pelo coração deficitário de amor,
urgente de paz, infartado de dor.
E aí vem a reza, o canto, as velas acesas pelas crianças.
Vem a esperança de regar o que se deixou
erodir, esvaziar, ruir.
Vem a árvore da vida ligando o céu à terra,
num instante abençoado de luz.
Vem da alma a capacidade genuína de amar
mesmo aquilo que um dia foi erro,
tropeço, queda, distância.
Vem o jejum para lembrar o que falta.
Vem o perdão como banquete de amor.
Anonymous diz
Uma das maiores bênçaos da vida é o perdão! Maior que o perdão é desintegra-se do plano da vaidade para saber entendê-lo melhor.Que suavidade o texto!muitos perdões, luzes e simplicidade em sua vida,merecidos pelo lindo texto.Ana.
Ana diz
Vc não imagina a falta que os seus textos fazem, Renata! Mas, o Yom Kipur é uma causa nobre… vc está perdoada! Rs
Beijos
Renata Feldman diz
Bênção mesmo, Ana.
Obrigada pelo carinho, volte sempre!
Renata Feldman diz
Também sinto muita falta, Ana. É como se estivesse faltando um pedaço de mim.
Como é bom matar saudade!
Como é bom te ver!
Abraço carinhoso!
Maria Elizabeth Monteiro Vidal diz
Feliz ano novo
????
Renata Feldman diz
Obrigada, querida!
Maria Inês Castanha de Queiroz diz
Preciosos tempos de bênçãos, Renata, bem vividos por você. Desfrute das luzes de todo renascer. Abraços.
Renata Feldman diz
Preciosidade ter você tão perto, querida. Nosso afeto renasce a cada dia.
Abraço carinhoso!
cecilia caram diz
Oui: Pardon, perdão, forgiveness Re amada!