Conheci Tia Vera na piscina.
Paparicadeira feito ela só, virou logo tia do Léo, entusiasmada em ver o pequeno (na época com três anos) dar seus primeiros pulos e braçadas. Enquanto ele aprendia a nadar, a gente aprendia a ter mais qualidade de vida na aula de hidroginástica. Um perfeito “dois em um” para mães que querem cuidar dos filhos sem descuidar de si, driblando o relógio.
Valeu a torcida, Tia Vera. Hoje o pequeno já não é mais tão pequeno, treina na equipe e se alegra com cada medalha.
Sigo firme com ela na hidro, jogando água pra cima e recarregando as baterias.
Faladeira feito ela só, de um coração do tamanho de um trem, Tia Vera faz “ginástica intercomunicacional”: fala disso, daquilo, daquilo outro. O professor muda a perna e ela ainda está no braço, contando e recontando causos, histórias, o capítulo da novela e o drama da empregada. Dá notícia de tudo, de todos, com uma alegria contagiante e um sol brilhando dentro dela.
Quando Tia Vera falta, a piscina fica vazia e o tempo nublado. A aula até rende mais, mas fica bem esquisita.
Leitora assídua do blog, outro dia me pediu sem cerimônia:
– Renatinha, faz um post pra mim?
Dia desses ela me deu motivo.
Aprendiz de fotografia, apaixonada por criança, quis treinar uns closes com o Léo e a Bella pra ir montando seu portfólio. Levei minha afilhada junto e nos divertimos na Praça da Liberdade, em meio a brincadeiras de roda, ioiô, esconde-esconde. Pedi ao vendedor de algodão doce sua haste cheia de nuvens coloridas e lá fui eu distribuindo alegria na praça.
Pela primeira vez, vi Tia Vera em silêncio. Cada segundo era um clique, um momento, um sorriso que ela não deixava escapar.
Quando me enviou as fotos, entendi o significado daquele silêncio tão contrastante com a faladeira mulher da piscina.
A Tia Vera da praça mergulhou na emoção de um ofício que faz a alma falar mais alto. A emoção de capturar momentos únicos, preciosos, que não voltam mais.
Por trás da câmara, Tia Vera em silêncio cantava, orava, catava instantes de vida em movimento.
Para que palavras se os seus olhos diziam tudo?
Música, poema, poesia: isso é o que mais escuto no silêncio que vem dos seus olhos cheios de brilho, Tia Vera.
vera Bot diz
Agradeço a “Deus” o meu maior momento de alegria e a minha maior conquista que foi conhecer vocês. Com você aprendi doçura,sensibilidade,ternura,carinho, compreensão e muito amor. Com Léo aprendi a paz de uma criança, a alegria de sorrir, a felicidade nos pequenos momentos. Obrigada por tudo, e principalmente por fazerem parte da minha vida. Bjs
Vera Bot
Renata Feldman diz
Que bom que a vida está sempre nos ensinando coisas lindas, não é, Tia Vera? Nós é que temos muito a agradecer, querida.
Beijo no seu coração!
Anonymous diz
Antes eu gostava das fotos da primavera.
Ultimamente tenho admirado as fotos da Tia Vera.
No meu caso seria sobrinha Vera, ela é muito mais jovem doque eu.
Verinha Bot realmente é uma das pessoas mais maravilhosas que alguem poderia conhecer.
Abraços.
Burt – Las Vegas.
Anonymous diz
Tia Vera vem ficando cada vez mais craque na arte de clicar. As fotos que ela tem feito de nossa família tem ficado cada vez mais lindas, mais sentimentais e mais profissionais. Sucesso, tia!!!! Tudo o que fazemos com o coração vem com uma luz especial. Um beijo. Leticia Lourenço
Renata Feldman diz
Não é à toa que o nome dela leva uma das estações mais lindas do ano, Burt.
Abraço!
Renata Feldman diz
Sua tia tira fotos com o coração, Leticia.
Abraço, obrigada pela visita!
Anonymous diz
Lindas fotos!
Belo texto!
Continuem desenvolvendo o dom que Deus lhes deu.
Abraços Suely
Renata Feldman diz
Muito obrigada, Suely!
Obrigada pela visita e volte sempre!
Abraço!
Anonymous diz
Nooossa, arrepiei com cada palavra…
Nao só a escritora tem o dom das palavras, mas soube tambem descrever a Verinha (minha Vera Maria rsrs) como ela eh!
Parabens as duas, pela poesia e pelas fotos lindas!
Luiza
Renata Feldman diz
Ela é uma graça mesmo, Luiza.
Obrigada pelo seu olhar também, que engrandece ainda mais o blog.
Abraço carinhoso!