Todo mundo muda, é fato. Desde o primeiro minuto de vida, desde sempre, ninguém permanece o mesmo.
Pegue um espelho. Abra um álbum de fotografias. Arrume a mala. Invente o roteiro. Converse com um amigo de infância. Volte no tempo. Sopre velas. Aposente as ideias que não servem mais. Encha a cabeça de fios brancos. Vire borboleta e saia voando por aí.
Cada um à sua maneira. No seu tempo. Sem correria ou eira nem beira. Num suspiro. Num susto. Num lampejo de poesia, num insight no meio da noite, num buquê apanhado sem querer, todo mundo muda um dia. De sempre em sempre, de vento em popa, aos trancos e barrancos tem hora.
Você pode mudar de planos, de caminho, de casa, de corte de cabelo. Mas as mudanças mais profundas é que são elas. Ai, chegam a doer. Chegam a romper as coronárias e causam paraplegia na alma. Um casamento desfeito. O quarto vazio de um filho. “Você está demitido”. Doença intrusa arrombando a porta. E tantas mais perdas, tão dolorosamente encontradas dentro de nós, eis nossa grande porção de humanidade. Ai. E é nessas horas que a gente se transforma indelével e irrefutavelmente. Toda mudança acarreta crescimento e dor, sempre gostei de repetir esta frase. E o crescimento deixa marcas na alma, patente registrada de um aprendizado que não se aprende na escola.
Fora as mudanças mais violentas e dolorosas, restam ainda aquelas que você insiste em fabricar no outro, como se pudesse entrar dentro dele e mudar toda uma programação apertando ou apagando botões. “Como ele poderia ser mais romântico”. “Como ela poderia me entender mais.” “Como ele poderia ser mais flexível”. “Como ela poderia ser menos controladora”. E por aí vai.
A má notícia, se quer mesmo saber, é que você não vai conseguir mudar ninguém. Já é tão difícil mudar você mesmo – suas picuinhas, seus medos, seus grilos mais insensatos e pensantes – quanto mais seu pai, sua mãe, sua mulher, seu namorado. Desista. Prefira o caminho do meio, de olhar para dentro e enxergar possibilidades de mudança no seu olhar, na sua fala ou no seu silêncio, na sua maneira – tão sua – de se conduzir pela vida, centrado principalmente em você e em todas as mudanças com que você pode generosamente se presentear. E não se assuste se o outro inaugurar um movimento de transformação a partir do que houve de mudança em você.
Escolha a asa mais bonita e alce os vôos mais lindos que você puder, com a liberdade de ser quem você é, por céus nunca antes vistos. E com a leveza de jamais perder a essência.
P.S: Bem-vinda, bem-linda a sua presença por aqui. Borboleteie por cada novidade e volte sempre.
Solange L. Lobato de Araújo diz
Seu site ficou ainda mais lindo! Gostoso de percorrer, nos encontramos em suas sábias palavras e aprofundamos dentro de nós mesmos através de sua leveza de aprendizados de vida. Que todos os anjos continuem te iluminando conduzindo seus lindos poemas em realidades ,transformando nossas vidas para voarmos cada vez mais alto conduzindo-nos a novos tempos, e mudanças profundas. Te amo cunhada abençoada! SOL
Renata Feldman diz
Amém, Solange querida! Que os anjos te ouçam e que você venha sempre me encontrar aqui. Amo você!
Margaret lemos Cortez diz
Adorei o site , fácil de usar e bom de apreciar ! Seus textos nos encantam e agora fica mais fácil buscar os assuntos . Parabéns mais uma vez ! Sucesso sempre ! Bjos
Renata Feldman diz
Muito obrigada pelo feedback e pelo carinho, Margaret. Seja muito bem-vinda! Abraço carinhoso!
Adriana diz
Ai Renata, ao invés de virar borboleta, dá para virar tartaruga e sair nadando por aí? Sem pressa, pode ser? Você tem razão, mudança profunda faz crescer, mas dói. Às vezes, é necessário ter ajuda. Tenho privilégio de ter você como Psicóloga. Admiro seu trabalho, o quanto você tem o poder de transformar a dor mais “doída” em esperança, de confortar e oferecer colo e caixa de lenços para quem precisa de ir “fundo” e navegar por mares “nunca antes vistos”. Para quem não precisa de ajuda, é só fazer uma visita ao site, onde você tem o dom de transmitir sentimentos bons através de suas palavras repletas de paz, esperança, alegria, amor, simplicidade. Parabéns pelo novo trabalho! Não preciso mais procurar suas entrevistas. Obrigada por tudo! Adriana
Renata Feldman diz
Adriana querida, fico daqui imaginando a emoção da tartaruguinha rompendo o ovo e saindo pra vida, mergulhando leve no mar que a acolhe com afeto e grandeza.
Eu também tenho o enorme e abençoado privilégio de ter você como pessoa em crescimento, transformando dor através do amor.
Obrigada pelo carinho e incentivo que só me faz querer ir sempre em frente!
Beijo no seu coração!
Sandra Lemos Santos diz
Muito lindo Renata! Seu texto é para refletir e para nos transformar! Vou tentar pegar o caminho do meio e buscar me presentear! Beijos.
Renata Feldman diz
Você merece este presente, Sandra querida!
Muito obrigada pela visita e pelo carinho!
Bjs
MCCR diz
Renata,
Como sempre tudo que vem de você é muito especial. MUDANÇA de blog para SITE, crescimento constante, plantando boas sementes para que possamos colher lindos frutos fertilizados com sua sabedoria, ternura, delicadeza e muito amor à profissão. PARABÉNS!!!
Meu abraço com carinho e grande admiração.
Cris
Renata Feldman diz
Cris querida,
Muito obrigada pelo carinho, pela presença e por compartilhar comigo desta colheita que é mesmo uma lindeza.
Meu abraço cheio de afeto e gratidão!…
Adriana diz
Renata, escrevi um comentário aqui. Desde então, algo mudou. Sem correria, de Tartaruga à Borboleta. Inaugurei a caixa de lenços, ao convidar você para tomar um cafezinho com bolo de chocolate na minha “casinha”, compartilhando o que é doído, tirando a máscara e lhe mostrando quem sou, desemperrando gavetas. Com idas e vindas, busco agora a mudança mais importante. Você sabe! O que não mudou, mas cresceu é o carinho pela minha Psicóloga, a minha admiração pelo seu trabalho e GRATIDÃO pela ajuda que Ela tem me dado e pela paciência! ?Obrigada, Renata! Olha Renata, pequenas mudanças mesmo… e em um dia… algo muda… nossa Amiga Esperança de volta.
Renata Feldman diz
Adriana querida,
Você não imagina a minha emoção e alegria ao testemunhar cada mudança sua!… Gratidão – minha também – de adentrar a sua “casinha” e saborear o bolo de chocolate, o cafezinho e mesmo as dores mais sentidas, pois elas têm uma razão de ser.
Lindas asas, lindos vôos. O céu é o limite, minha querida!