Andei conversando com Deus. Fiz um tanto de perguntas, muitas sem respostas. Apenas colo, amor, acolhida. (E isso não é nada pouco, muito pelo contrário.)
Perdoa minha falta de entendimento, meu Deus, e minha imaginação um tanto quanto fértil. Mas, se não for muito atrevimento da minha parte, gostaria de trocar uma ideia. Apenas uma ideia, vaga e solta, coisa de gente de carne e osso que vive esbarrando nos mistérios dessa vida.
Longe de mim intervir nos Seus planos, longíssimo de mim. Mas, se houver jeito, lê essa minha sugestão, apenas uma sugestão. (Ou seria um desabafo? Um pedido? Enfim, tomei coragem e aí está a pauta da nossa reunião, não me leve a mal.)
1- Pessoas boas deveriam ser “proibidas” de ir embora. Mãe, então, nem pensar, faço de Drummond minhas palavras: “Por que Deus permite que as mães vão-se embora?”
2- Pai também não tinha que ir, simplesmente não tinha, reivindico ao poeta (que também é filho de Deus) essa complementação importante.
3- Um filho ir antes dos pais? Tenha piedade, Senhor, inversão total do ciclo natural da vida, não tenho competência para entender.
4- Perder o amor da sua vida? É de doer, meu Pai. Além da conta. Haja força para seguir pela metade quando a dor é proporcional ao amor. Coração fica amputado.
1.1 – Já que tal proibição não existe (tenho fé de que existirá um dia), que pelo menos as pessoas de luz e de bem não se vão tão cedo, meu Deus. Tanto para viver, amar, trabalhar, realizar, sonhar. O sol ainda nem se pôs, é cedo.
1.1.1 – Sei que deve haver algum sentido para ser do jeito que tem sido, mas… desculpe a intromissão, não poderia ser de outro jeito? Sem dor, sem susto, sem sobressalto ou falta de ar, sem nos tirar abruptamente o chão? Proponho a criação de uma nova lei divina: a partir de hoje, pessoas lindas só vão embora depois de uma certa idade. Uns 99, talvez, desde que gozando de boa saúde, é claro. Morrer dormindo, feliz, feito passarinho. Pode?
Obrigada. Amém.
Sem comentários, amei as lindas palavras, só a dor da ausência, da saudade é que ficou…
É de doer mesmo, Ângela. Estou com você.
Abraço carinhoso, minha querida.
Perfeita a pauta da sua reunião, Renata !!! Deus poderia tanto te atender …
Te levo comigo, Márcia. Assim a gente faz mais “pressão”.
Beijo, querida!
Lendo sua pauta, fiquei pensando e ouvindo sua voz mansa e suave, parecia que estava realmente dialogando com Deus e ele te ouvia…
Presenciei essa reunião, da mesma forma como você dialoga com as pessoas, com uma paz imensa… Que ele possa ouvir cada vez mais seu coração!!
Deus nos ouça, Marilene! E que nossas conversas sejam cada vez mais mansas, suaves e cheias de paz,ditas pelo coração.
Abraço carinhoso!
Renata, muito lindos os seus pedidos . Deus podia bem atendê-los
Bjs
Que assim seja, Selma querida!
Amém!
Beijo
Lindo
❤️
Renata, seus textos são muito importantes pra a nossa vida.
Obrigada!
Eu que agradeço, Vanda. E me sinto tocada por suas palavras também.
Abraço carinhoso!…
Você conseguiu expressar com leveza o peso da dor de nossas perdas. Maravilhoso seu texto⚘
Muito obrigada, Raquel!
Acho que a vida precisa sempre desses contrapontos para nos equilibrar: peso-leveza, dor-amor, fragilidade-força.
Obrigada pela visita,querida, volte sempre!
Por mais que seja doloroso a dor da perda, o melhor sempre ficará para sempre.
Beijos
O essencial permanece, pai. Que bom que permanece. O amor tem esse atributo de transcender a dor, apesar de rimar com ela.
Beijo!
P.S.: já tá tudo combinado com Ele, viu? Você tá “proibido”.
Linda sua conversa com Deus Renata! Adorei sua sugestão! Me tirou lágrimas, pois perdi meu paizinho dia 20 de abril. Mas sou grata de ter vivido 41 anos ao lado dele. Aguardo o dia de poder tomar um café com biscoitos ( que ele adorava) com ele lá no céu… Um beijo no seu ❤️
Meus sentimentos, Manoela!… Se Deus não acatar minha sugestão, pelo menos continuará cuidando – como só Ele sabe – de quem foi pra perto Dele. Abraço carinhoso!
Torcendo muito para ” que Deus te ouça”, Renata. E te atenda!!
Amém, querida! Sua torcida é do coração.